16 de out. de 2007

Obra-Prima dos Valar

Ao som do dia
Ou sob o silêncio da madrugada
Tu invades meus pensamentos
E me faz suspirar
Tua lembrança me faz companhia
E me põe a pensar
Em minha mente, de repente
Brota uma indagação:

Que Vala há de ter criado você?


Sois tu uma jóia de Elbereth a adornar o céu noturno?
Quem me dera, então, tomar a embarcação de Tilion
e navegar além das nuvens...
Pode um homem mortal beijar uma estrela?


Sois tu uma brisa de primavera criada por Manwë?
Quem me dera, então, sentir teu sopro suave
Perfumado pelo aroma das flores desabrochadas


Sois tu um fruto de Yavanna
Semente das Árvores de Valinor?
Quem me dera, então, provar o doce orvalho dos teu lábios


Não sei qual deles te concebeu
Mas teu brilho, tua beleza, teu encanto, tua doçura...
De certo, é obra dos Valar

Pode um homem mortal almejar tamanho tesouro?

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* Pra Italo, O Silmarillion é o ápice da epicidade.

* Hoje em dia, quando questionado sobre o que é "ser épico", Italo apenas responde: "Algo é tão épico quanto se aproxime de O Silmarillion".

* Italo recomenda, para aqueles que gostam de fantasia medieval, que leiam esse livro. Ele avisa, contudo, que não é uma leitura tão simples.

* Italo tá achando divertido esse negócio de falar na terceira pessoa.

* Como Italo sabe que nem todos leram O Silmarillion, ele explica alguns nomes usados no poema:

-Elbereth: também conhecida como Varda, é a esposa de Manwë e a Senhora das Estrelas.

-Tilion: servo dos Valar que conduzia a embarcação da lua.

-Manwë: o rei dos Valar, senhor das nuvens e do ar, patrono das Águias.

-Yavanna: a Provedora de Frutos, é esposa de Aulë e senhora das plantas e dos animais, foi ela quem criou Telperion e Laurelin, As Árvores de Valinor, que trouxeram luz ao Reino Abençoado.

Mais informações: Valar, Valinor.

4 comentários:

Eduardo Costa disse...

Um poema sobre Natalie Portman!

Tolkien já pensava nela muito antes de nós.

Ah, notei uma coisinha no texto, mas depois eu te pergunto o que é.

Italo disse...

Ah... er... Como você descobriu que era um poema para minha eterna musa, Natalie Portman!?!?! O.O

Não só minha, eu acho, é a musa de muitos nerds, eu suponho. E como talvez Tolkien seja o pai dos nerds... bem, tudo se encaixa, não é?

Anônimo disse...

Creio que não saiba quem e Natalie Portman, e creio também que isso me faça um ignorante talvez ^^!

Mais de qualquer modo me disseram que eu podia comentar então irei fazê-lo =D!

Acho que na verdade o poema (Grande poema) esteja falando sobre umas das maiores obras da Terra Media. Obra esta criada por um mortal, alguém de espírito tão poderoso que foi capaz de exaurir as forças de sua mãe em seu nascimento (esta sendo uma rainha entre os mais abençoados dos elfos).
Creio que na verdade o poema fale das Silmarill, nas quais ainda vive o brilho da maior obra de Yavanna, que possuíam o brilho das estrelas e navega pelos céus como uma na fronte do barqueiro. Que foram tocadas por homens, elfos, anões e valares, ate mesmo por Morgoth a quem marcaram para sempre com sua pureza incorruptível.
Mais isso, claro, e só um palpite ^^!

Italo disse...

Só o próprio Mandos poderia ter dito palavras mais precisas do que as tuas, descendente de Durim.

Esses versos falam do mais belo acorde Da Canção de Ilúvatar, um que só pode ser pronunciado pelos intrumentos dos Ainur. Esses pobres versos falam da mais encantadora mulher entre os Filhos de Ilúvatar. Alguém cujo encanto vai muito além do véu onde é guardado seu espírito.

Alguém inalcançável. Pois o poeta não é Beren. E nem pelas três Silmarils ela pode ser trocada.

Agradeço as palavras, Pimentel.

Que o grande Aulë, o maior dos artíficies, sempre zele por vós e por sua família.