A garota estava chegando em casa, havia acabado de abrir a porta quando sentiu algo em sua mochila vibrar. Fechou a porta, abriu o zíper da bolsa e puxou o aparelho. A tela dizia: “Nova Mensagem”.
A menina correu em direção ao quarto. Fechou a porta, jogou a bolsa de lado e saltou na cama ansiosa. Com rápidos movimentos do polegar, o texto logo tornou-se visível.
Desde muito pequena, foi acostumada a ter tudo o que queria. Mesmo as coisas mais difíceis eram obtidas com um pouco de insistência, uma cara pidona ou um choro fingido. Naquele dia, não foi diferente.
Após ler a mensagem, a garota abriu um sorriso maroto, quase maquiavélico. Abriu a porta e foi saindo do quarto, mas não sem antes olhar de lado para o espelho e ver seu reflexo cheio de si. Foi em direção a cozinha gritando:
-Manhê, tou morreendo de fome!
O celular da menina repousava em sua cama, a mensagem em sua tela dizia:
"Hm, acho que estou amando você. Namora comigo?"
______________________________________________________
*É uma possível continuação para um texto de Allana que
eu "peguei emprestado":
http://ubbibr.fotolog.com/asukachan/?pid=16183017
24 de jun. de 2006
9 de jun. de 2006
O Primeiro Passo
Era um dia de Junho como outro qualquer. As nuvens e o sol se revezavam no céu naquele fim de outono. Eu tinha muito o que estudar. Subi a rampa rapidamente e procurei um lugar tranquilo para ficar; antes de encontrar algum, eu vi... ela!
Estava sozinha numa mesa, estudando. O vento fazia seu cabelo esvoaçar, deixando descoberto aquele lindo rosto. Era difícil defini-la. "Algo entre uma boneca de porcelana e uma fada de chocolate" - eu pensei.
A matéria parecia complicada, ela franzia a testa com frequência, mas isso nem de longe diminuía seu charme; na verdade, parecia acentuá-lo. Devia ter terminado alguma questão quando a vi abrir aquele sorriso, simplesmente... encantador.
Eu poderia ter passado horas ali observando-a, mas ela levantou o rosto e me viu. Seu olhar me atingiu como uma flecha e eu pude sentir uma batida acelerada no meu peito. Retribui o olhar dela com um sorriso leve e trêmulo. Ela acenou com a mão e eu caminhei até a mesa.
"Essa é a sua chance" - eu pensava. "Você tem que tentar". Eu sabia que se não tentasse poderia ser tarde demais, talvez não tivesse outra chance. Cheguei à mesa e a cumprimentei; antes de pegar meu material, perguntei:
-Posso estudar aqui?
-Claro - ela respondeu.
-Parece difícil esse assunto - eu disse apontando o caderno dela.
-Não, é não, eu é que sou tapada.
-Você sabe que não é - eu retruquei enquanto sentava na cadeira à sua frente. Ela respondeu com um leve sorriso.
Eu não consegui pensar em provas ou trabalhos depois disso. Na minha frente havia livro, caderno, apostila, e anotações, mas tudo parecia ilegível. Minha cabeça estava tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto... De repente, ela quebrou o silêncio:
-Alguma coisa errada, tico? Você parece... sei lá, preocupado...
"Essa é sua chance" - repetia aquela voz na minha mente. Mas, o que dizer? Pensei naquela frase que me veio à cabeça no dia anterior: "Quando pousei os olhos em ti, eles não quiseram mais voar"; ela, contudo, ouviu algo diferente:
-Ah... será que... você não gostaria... de sair um dia desses... comigo?
Estava sozinha numa mesa, estudando. O vento fazia seu cabelo esvoaçar, deixando descoberto aquele lindo rosto. Era difícil defini-la. "Algo entre uma boneca de porcelana e uma fada de chocolate" - eu pensei.
A matéria parecia complicada, ela franzia a testa com frequência, mas isso nem de longe diminuía seu charme; na verdade, parecia acentuá-lo. Devia ter terminado alguma questão quando a vi abrir aquele sorriso, simplesmente... encantador.
Eu poderia ter passado horas ali observando-a, mas ela levantou o rosto e me viu. Seu olhar me atingiu como uma flecha e eu pude sentir uma batida acelerada no meu peito. Retribui o olhar dela com um sorriso leve e trêmulo. Ela acenou com a mão e eu caminhei até a mesa.
"Essa é a sua chance" - eu pensava. "Você tem que tentar". Eu sabia que se não tentasse poderia ser tarde demais, talvez não tivesse outra chance. Cheguei à mesa e a cumprimentei; antes de pegar meu material, perguntei:
-Posso estudar aqui?
-Claro - ela respondeu.
-Parece difícil esse assunto - eu disse apontando o caderno dela.
-Não, é não, eu é que sou tapada.
-Você sabe que não é - eu retruquei enquanto sentava na cadeira à sua frente. Ela respondeu com um leve sorriso.
Eu não consegui pensar em provas ou trabalhos depois disso. Na minha frente havia livro, caderno, apostila, e anotações, mas tudo parecia ilegível. Minha cabeça estava tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto... De repente, ela quebrou o silêncio:
-Alguma coisa errada, tico? Você parece... sei lá, preocupado...
"Essa é sua chance" - repetia aquela voz na minha mente. Mas, o que dizer? Pensei naquela frase que me veio à cabeça no dia anterior: "Quando pousei os olhos em ti, eles não quiseram mais voar"; ela, contudo, ouviu algo diferente:
-Ah... será que... você não gostaria... de sair um dia desses... comigo?
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