Era um dia de Junho como outro qualquer. As nuvens e o sol se revezavam no céu naquele fim de outono. Eu tinha muito o que estudar. Subi a rampa rapidamente e procurei um lugar tranquilo para ficar; antes de encontrar algum, eu vi... ela!
Estava sozinha numa mesa, estudando. O vento fazia seu cabelo esvoaçar, deixando descoberto aquele lindo rosto. Era difícil defini-la. "Algo entre uma boneca de porcelana e uma fada de chocolate" - eu pensei.
A matéria parecia complicada, ela franzia a testa com frequência, mas isso nem de longe diminuía seu charme; na verdade, parecia acentuá-lo. Devia ter terminado alguma questão quando a vi abrir aquele sorriso, simplesmente... encantador.
Eu poderia ter passado horas ali observando-a, mas ela levantou o rosto e me viu. Seu olhar me atingiu como uma flecha e eu pude sentir uma batida acelerada no meu peito. Retribui o olhar dela com um sorriso leve e trêmulo. Ela acenou com a mão e eu caminhei até a mesa.
"Essa é a sua chance" - eu pensava. "Você tem que tentar". Eu sabia que se não tentasse poderia ser tarde demais, talvez não tivesse outra chance. Cheguei à mesa e a cumprimentei; antes de pegar meu material, perguntei:
-Posso estudar aqui?
-Claro - ela respondeu.
-Parece difícil esse assunto - eu disse apontando o caderno dela.
-Não, é não, eu é que sou tapada.
-Você sabe que não é - eu retruquei enquanto sentava na cadeira à sua frente. Ela respondeu com um leve sorriso.
Eu não consegui pensar em provas ou trabalhos depois disso. Na minha frente havia livro, caderno, apostila, e anotações, mas tudo parecia ilegível. Minha cabeça estava tão longe e, ao mesmo tempo, tão perto... De repente, ela quebrou o silêncio:
-Alguma coisa errada, tico? Você parece... sei lá, preocupado...
"Essa é sua chance" - repetia aquela voz na minha mente. Mas, o que dizer? Pensei naquela frase que me veio à cabeça no dia anterior: "Quando pousei os olhos em ti, eles não quiseram mais voar"; ela, contudo, ouviu algo diferente:
-Ah... será que... você não gostaria... de sair um dia desses... comigo?
7 comentários:
Cara, convidar a mulher que se adora pra sair, assim, é complicado... putz! Eu que sei... mas larga a mão de ser frouxo e sai com a menina, cara!
Assuma sua natureza cafajeste e vamos cafajestar juntos! Temos muita coisa pra fazer e muitas mulheres nos esperam!! hauahauhauhauahuahauhauhauhauahau.
Tou brincando. Garotas, Ítalo é um cara pra casar.
Se isso for real... Hummmmmmm!!!!
Adorei o texto e se a garota for real... A menina ta pudenu! :P E outra... Jah q Duduh fez um anuncio... Vou aproveitar pra acrescenta-lo...
Garotas, Italo eh um cara pra casar e tb tem um celular... ahEUHAEUhuehuehEHuhaueUEHauehAUaueuH
Num me mata Ituuuu Ç.ç
beleza de conto
cumpadre, sempre buscando inspirações, esta tu foste buscar no infinito ou seja, tu "divergiste" e trouxe um belo conto, ou fato, num sei. As mulheres nos parece tao complicadas como tao doces ao mesmo tempo, que somos capaces de rir de nos mesmo pela incapacidade de entende-las. Escondida por traz dos espinhos, sempre encontra-se uma bela flor, é só ter cuidado para com os espinhos, e com a flor mais ainda....... ei cara fica na paz e espero continuação..
Fala sério, muito bem construído. A narrativa flui normal, quase como os passos do garoto até a mesa...
Sei lá porque diabos, o texto me lembrou um poeminha besta de Carlos Queiroz Telles, ou alguém da família Telles. Um gago querendo se declarar pra amada, e acaba saindo algo assim: 'Que-que-querida, a mi-minha vo-voz é atrapa-pa-palhada, ma-mas o m-meu amo-o-o-r, é pe-pe-pe-perfeito.'
Adorei! ^^
Escreve um livro p/ eu passar melhor o tempo q eu tiver p/ fzr algo q eu goste??? ;) Saudades,Ito. Nunca mais te vi depis da aula de Sérgio... Tb nunca mais eu fui p/ aula de Sérgio. hehehe. ;*******
Gostei demais do texto, muito lindo! X3
Fiquei até com vontade de ilustrá-lo...^^ De repente, se ficar legal eu t mostro, sabe como eh, se for o meu normal estraga o belo texto q vc escreveu...XP
X*****
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